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De Lupe Ces

 Querido Ramon, no dia da tua marcha esta cidade tem tonos grises e o vento do sul nom deixa de zoar coma um laio pola nossa perda. Porque a tua marcha é umha perda para nós e para esta cidade. Ti, que nunca deixaches de pór recursos, o teu trabalho, o tempo… a vida, a remar polas causas justas. Ti, que sempre estavas disposto a botar unha mam, a pôr o lombo… e nom hai cousa que enfureça máis aos poderosos que a gente coma ti, desde a humildade, desde o mais singelo, nom deixar de intentar cambiar o mundo. 


O movimento social e político de Ferrolterra volve ficar orfo, porque só pessoas coma ti fam possível que o mundo cambie. Só pessoas coma ti, generosas, altruistas, fam possível o inmenso exército humano que se move cara a paz, cara a justiza e cara a igualdade. Ti, que nunca deixaches de ser o pequeno neno da aldea de Muros ao que lhe medrou a consciência  e caminhaches no lado humano da vida, caminhaches com o pensamento posto na Humanidade. Ti, que hoje te perdemos, deixas de loito a esta cidade.